sábado, 24 de novembro de 2012

Reflexão

 

O Melhor Pedaço

dogJair andava pelas ruas da cidade, sempre com o seu fiel cão, um vira-lata, chamado “Malhado”. Apesar de ser um mendigo, ele não pedia dinheiro e aceitava sempre um pão, uma fruta, um pedaço de bolo ou um almoço com sobras de comida.

Jair era conhecido como um homem bom, que perdeu a razão, os amigos e nem sabia mais quem era. Não tinha nenhum vício, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não ganhava nenhuma comida, pois acreditava que Deus lhe daria um pouco na hora certa. E, realmente, sempre alguém lhe dava o que comer. Ele agradecia com muita humildade e pedia a Deus para abençoar aquela pessoa.

Jair e Malhado se conheceram na rua. Ele dividiu seu almoço com o cão, e, assim, ficaram amigos. Desde então, toda comida que o mendigo conseguia, dava primeiro ao cachorro, que, por sua vez, protegia seu dono.

Como viviam na rua, não tinham lugar certo para dormir, onde anoiteciam, ali dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo de algum viaduto.

Uma vez, Dr Josué,começou a conversar com Jair e perguntou:

- Você vive vagando pelas ruas com seu cão...
Você não tem nenhum desejo na vida?
E, Jair respondeu:
- Tenho sim. Eu tenho muita vontade de comer um cachorro quente, daqueles que o seu Zezé vende ali na esquina.
Josué surpreso perguntou:
- Só isso? Só um simples cachorro quente?
E Jair confirmou:
- É, sim, este é o meu desejo do momento.
Josué, então, saiu para comprar o sanduíche na carrocinha do amigo Zezé. Voltou e entregou o delicioso cachorro quente para o mendigo, que emocionado, não conseguia falar nada, somente sorria. Assim que pegou o sanduíche, Jair tirou a salsicha, deu para “Malhado” e comeu o pão com os temperos.

Josué, não entendeu a atitude de Jair, pois a salsicha era o melhor pedaço do cachorro- quente, e perguntou:
- Por que você deu para o cão, a salsicha, o melhor pedaço?
E Jair, saboreando o que restou do sanduíche, respondeu:
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço!
Disse isso, e continuou comendo alegre e satisfeito.
Dr. Josué não tinha mais o que falar. Se despediu de Jair, passou a mão na cabeça de “Malhado” e saiu pensando no que havia acontecido ali naquela praça.

Jair, um simples mendigo, havia lhe mostrado o verdadeiro sentido de uma amizade.

Fonte: http://cadernodemensagens.net/

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Parábola da Semana

O Bom Samaritano

Leitura Bíblica: Lucas, capítulo 10, versículos 25 a 37
Um dia, um pobre homem descia da cidade de Jerusalém para outra cidade, Jericó, a trinta e três quilômetros daquela capital, no vale do Rio Jordão. A estrada era cheia de curvas. Nela havia muitos penhascos, em cujas grutas eram comuns se refugiarem os salteadores de estradas, que naquele tempo eram muitos e perigosos. O pobre viajante foi assaltado pelos ladrões. Os salteadores usaram de muita maldade, pois, além de roubarem tudo o que o pobre homem trazia, ainda o espancaram com muita violência, deixando-o quase morto no caminho. Logo depois do criminoso assalto, passou por aquele mesmo lugar um sacerdote do Templo de Salomão.

Esse sacerdote vinha de Jerusalém, onde possivelmente terminara seus serviços religiosos, e se dirigia também para Jericó. Viu o pobre viajante caído na estrada, ferido, meio morto. Não se deteve, porém, para socorrê-lo. Não teve compaixão do pobre ferido, abandonado no chão da estrada. Apesar dos seus conhecimentos da Lei de Deus, era um homem de coração muito frio. Por isso, continuou sua viagem, descendo a montanha, indiferente aos sofrimentos do infeliz... Instantes depois, passa também pelo mesmo lugar um levita. Os levitas eram auxiliares do culto religioso do Templo.

Esse levita não procedeu melhor do que o sacerdote. Também conhecia a Lei de Deus, mas, na sua alma não havia bondade e ele fez o mesmo que o padre, seu chefe. Viu o ferido e passou de largo. Uma terceira pessoa passa pelo mesmo lugar. Era um samaritano, que igualmente vinha de Jerusalém. Viu também o infeliz ferido da estrada, mas, não procedeu como: o sacerdote e o levita. O bom samaritano desceu do seu animal, aproximou-se do pobre judeu e se encheu de grande compaixão, quando o contemplou de perto, com as vestes rasgadas e sangrentas e o corpo ferido pelas pancadas que recebera. Imediatamente, o bondoso samaritano retirou do seu saco de viagem duas pequenas vasilhas.

Uma era de vinho, com ele desinfetou as feridas do pobre homem; outra, de azeite, com que lhe aliviou as dores. Atou-lhe os ferimentos e levantou o desconhecido, colocando-o no seu animal. Em seguida, conduziu-o para uma estalagem próxima e cuidou dele como carinhoso enfermeiro, durante toda a noite. Na manhã seguinte, tendo de continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários (*) e recomendou-lhe que cuidasse bem do pobre ferido: 

— Tem cuidado com o pobre homem. Se gastares alguma coisa além deste dinheiro que te deixo, eu te pagarei tudo quando voltar. 

*
Jesus contou esta parábola a um doutor da lei que Lhe havia perguntado: 

— Mestre, que devo fazer para possuir a Vida Eterna? 

Jesus lhe respondeu que era necessário amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e de todo o entendimento; e também amar ao próximo como a si mesmo. 

O doutor da lei, apesar de sua sabedoria, perguntou ao Divino Mestre quem é o próximo. Então, Jesus lhe contou a Parábola do Bom Samaritano. Terminada a história, o Senhor perguntou ao sábio judeu: 

— Qual dos três (o sacerdote, o levita ou o samaritano) te parece que foi o próximo do pobre homem que caiu em poder dos ladrões? 

— Foi o que usou de misericórdia para com ele - respondeu o doutor. 

— Vai e faze o mesmo — disse-lhe o Divino Mestre.